Sobre o verde berço da floresta
Onde brota fauna e flora tão vibrante
Nasceste tu, minha Belém
Entre o leve alento dos igarapés
E agrados de rios afluentes
Junto aos pés de Fortim do Presépio
Naquela distante Feliz Lusitânia
Entre índios, brancos e negros
Gerou-se o forte gen do teu povo
Essência do sangue cabano
Cidade morena do cheiro-cheiroso
És o elo entre o rio e a floresta
Solo fértil que arde imenso saber
Círio e fé na alma do teu povo
Vale Ver-o-Peso em festa
És o portal da Amazônia
A Cidade das Mangueiras
Na Bandeira Nacional
Brilhas Belém, na primeira estrela
A bandeira de Belém é de 1625 e foi criada por iniciativa do segundo Capitão-Mor do Pará, Bento Maciel Parente, com provimento de D. Luís de Sousa. Antes fora esboçado o escudo de Belém por Pedro Teixeira, Aires de Sousa Chicorro e Francisco Baião de Abreu, enquanto na administração do intendente Antônio Lemossaiu uma publicação oficial a respeito.
Legalização oficial
Ocorreu em 1971, pela Câmara Municipal de Belém, através de Decreto publicado em 3 de janeiro de 1971.
Significado do escudo da bandeira de Belém
Os dois braços: O primeiro braço sustenta uma cesta de flores e o segundo braço uma cesta com frutas, significando que a cidade está em terras extremamente férteis e por isso escondem, com mais segurança, na sua exuberante flora sempre fluorescente e frutífera. Se houver braços fortes e corajosos, tudo é capaz de dar… Por baixo dos braços encontramos a legenda, “VER EAT AE TERNUM e TUTIUS LATENT”, alusivos ao rio Amazonas onde tudo é verduras e maravilhas e ao rio Tocantinspela posição escondida as vistas dos exploradores.
O sol: O sol poente lembra a hora que Caldeira lançou fundo no local próximo ao que escolhera para dar fundamento à sua conquista e tem por baixo uma faixa em latim “RECTIOR CUM RETROGADUS”, para dizer que aguardou a aurora do dia seguinte, como foi sempre costume dos conquistadores. portugueses , para fazer o seu desembarque. Diz ainda o sol, respeito à latitude da cidade que recebe os eflúvios do equador, daí a constância do sol que tanto derrama seus raios, para fazer de Belém, uma cidade morena.
Os animais: O boi e o asno, existe no escudo um prado, onde pastam uma mula e um boi, que estão olhando espantados para o céu. Os dois animais de cabeça erguida como quem admira algo no céu que é estrela do Messias, pois os mesmos foram colocados no escudo como uma espécie de evocação de Belém da Judéia para a nova Belém do extremo norte do Brasil. Ao lado dos animais está a frase “NEQUAQUAM MINIMA EST”, significando o nome da cidade de Belém da Judéia, que Castelo Branco escolhera para a capital de sua conquista, e da qual dissera o Profeta que não seria a menor de todas. A posição em que se acham os animais
O castelo: Encerra uma alusão ao poderio das armas portuguesas, assim como representa a imagem da princesa que espelha com encantos inauditos nas águas da baía do Guajará, a estrada que vai ao castelo mostra o caminho que devem seguir todos os sucessos da Caldeira, isto é, a obediência aos superiores. O castelo possui um colar de pérolas distintivas de nobreza, por sobre a porta principal, do qual prendem as quinas portuguesas com cinco castelos de ouro em escudo azul, para dizer que Caldeira de Castelo Branco, provinha de família nobre.